Conheça um sistema que promete acabar com os congestionamentos em aeroportos e reduzir custos com combustíveis de aeronaves
Os aviões estão cada dia mais presentes na vida da sociedade, e isso se deve, em parte, ao aumento das frotas e à diminuição dos valores cobrados pelas passagens aéreas. Apesar da popularização, é claro que a utilização deles ainda está longe de ser barata, e a infraestrutura dos aeroportos em todo o mundo ainda deixa bastante a desejar. Mas será que existe alguma forma de fazer com que o transporte aéreo seja mais confortável aos passageiros?
Um conceito chamado “The Airborne Metro” está propondo isso. Na verdade, ele vai muito além e afirma que será possível transformar os céus em “linhas de metrô” capazes de oferecer velocidade, conforto e economia para as pessoas. E, quando nós falamos em metrô, estamos falando sobre estações, escalas e conexões. A diferença é que isso envolveria aviões gigantescos cruzando os céus.
Quer saber mais sobre esse modelo que está sendo proposto? Então confira uma rápida explicação que preparamos para mostrar como funcionaria esse sistema de metrôs aéreos com estações voadoras, economia de combustíveis e estruturas gigantescas. Depois de ler tudo, pense se você acha viável ou não a instalação de sistemas similares.
Estações voadoras? Como assim?
O que os criadores do Airborne Metro sugerem é que os grandes aviões com capacidade para mais de 400 ou 500 passageiros sejam menos utilizados, uma vez que geram muita poluição sonora e representam grandes gastos de combustível durante decolagens e pousos. Para isso, estações gigantescas — que ultrapassariam os 160 metros de asa a asa — cruzariam os céus para funcionar como verdadeiras “estações de metrô aéreas” que não voltam ao solo.
Isso significa que aviões menores (os chamados “feeders”, com capacidade para no máximo 300 passageiros) seriam utilizados para levar as pessoas até essas estações. Essas aeronaves menores poderiam aterrissar sobre uma pista anexada à própria estação, fazendo rápidas escalas e até mesmo permitindo que os passageiros desembarquem para que realizem conexões para outras rotas.
Pois é, as grandes estações não são fixas, mas realizam rotas fixas. Com isso, os feeders poderiam fazer paradas em diferentes momentos. Os criadores do conceito afirmam que seriam necessárias pelo menos 20 estações para que uma rota dos Estados Unidos à Inglaterra (em ida e volta) pudesse ser criada.
Aeroporto ou aeronave?
Haveria também a possibilidade de as estações serem os verdadeiros transportadores do sistema. Com isso, os feeders fariam apenas o papel de levar os passageiros dos aeroportos em solo até as estações e depois realizar o caminho inverso. Exatamente: você entraria em um avião no solo, iria até a estação cruzadora e lá ficaria até se aproximar do destino final.
É claro que isso acarreta alguns problemas que seriam difíceis de serem sanados. Para começar, as estações teriam capacidade para 3.000 pessoas e isso demandaria a conexão com 10 aviões diferentes. O tempo que isso leva — uma vez que não seria possível aterrissar vários feeders de uma só vez — pode realmente fazer com que não valha a pena trocar os transportadores comuns por esse modelo sugerido.
Combustível nuclear é uma necessidade
Como você já deve estar imaginando, é praticamente impossível fazer com que uma aeronave fique em voo constante utilizando os atuais combustíveis. Por isso, sugere-se que o Airborne Metro seja abastecido com material nuclear, que permitiria a permanência das estações nos céus sem qualquer problema. Mas é preciso lembrar que a realidade não é tão bonita assim.
Material nuclear não é um combustível muito estável e seguro, ainda mais quando pensamos nas grandes quantidades que seriam necessárias para colocar uma estrutura com cerca de 160 metros de envergadura no ar. Caso isso venha a ser possível no futuro, estima-se que a economia de combustíveis seja gigantesca. Cálculos apontam para cerca de 40% para viagens de 1.000 km e até 80% para viagens de 10.000 km.
Principiais justificativas
Existem três principais benefícios que seriam conseguidos com a instalação do conceito proposto. O primeiro deles é a já mencionada economia de combustíveis para o transporte civil de passageiros. O segundo é a redução de ruídos gerados pelos pousos e decolagens dos grandes aviões — graças ao menor tempo de permanência e à redução das dimensões das aeronaves nas proximidades do solo.
Por fim, espera-se também que haja redução de congestionamentos nos aeroportos, uma vez que grandes escalas poderão ser realizadas nos cruzadores com capacidade para até 3.000 pessoas. Para isso, chegamos em um dos pontos-chave dos desafios impostos pelo projeto. Segundo estudos mostrados no Innopedia, seria necessário um investimento de cerca de 300 bilhões de euros para que o sistema possa ser colocado em prática.
Por se tratar de um conceito, há muitos elementos que podem parecer “futuristas demais”. É claro que não estamos falando de um sistema que poderá ser visto nos ares pelos próximos 20 ou 30 anos, mas será que é sonhar demais esperar algo assim para a segunda metade do século? Isso é algo que somente o próprio tempo poderá nos responder — por enquanto podemos apenas imaginar e conceituar.
Até lá, também precisamos pensar que há uma série de melhorias nos sistemas de transporte aéreo que estão sendo empregadas e várias outras que ainda estão em testes. Isso inclui sistemas de diminuição da poluição sonora, combustíveis mais econômicos e vários outros que podem contribuir, e muito, para aumentar a popularidade dos gigantes do ar. O que você espera para os próximos 50 anos?
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